VILAR DE MOUROS SEMPRE

Blogue que visa a promoção e divulgação de Vilar de Mouros, sua cultura, seus interesses, necessidades, realizações e suas gentes, mas que poderá abordar também outros temas, de ordem local, regional ou mesmo nacional.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

Contas de 2009 e actualização de taxas



Realizou-se no passado dia 23 de Abril, com início às 21H00, uma reunião ordinária da Assembleia de Freguesia de Vilar de Mouros, tendo estado presentes todos os delegados eleitos (três do PSD, dois da CDU e dois do PS), todos os membros da Junta de Freguesia, um jornalista do caminha2000 e algum público.


Da ordem de trabalhos destacavam-se dois pontos: a aprovação da conta de gerência de 2009 e a actualização das taxas a cobrar pelo executivo. Como é sabido, a junta anterior, da CDU, nunca cobrou, durante 20 anos, qualquer verba pela passagem de declarações, atestados ou certidões. A partir de agora e salvo algumas excepções constantes de regulamento próprio, será paga a importância de €2,50 por cada um destes documentos, por proposta da nova junta. Também a autenticação de fotocópias de documentos sofreu alteração, passando a custar €20,00 cada um até quatro páginas, a que serão acrescentados €2,50 por cada página a mais. Os dois eleitos da CDU e um dos eleitos pelo PS, Sónia Torres, contestaram vivamente estas propostas, tendo mesmo João Arieira (CDU) afirmado que os €20,00 a cobrar pela autenticação de fotocópias sofre de ilegalidade, uma vez que é superior à importância que os notários cobram pelo mesmo serviço.


  Após animada discussão, ambos os pontos, conta de gerência e actualização das taxas, postos à votação pela mesa, foram aprovados:
o primeiro com 4 votos a favor (3 eleitos do PSD e 1 pelo PS), 2 votos contra (um eleito da CDU e outro do PS) e uma abstenção (um eleito da CDU);


o segundo com 4 votos a favor (3 do PSD e 1 do PS) e 3 contra (dois da CDU e um do PS).

7 comentários:

  1. Bem já vai em duas as medidas (interessantes) tomadas por esta nova junta de freguesia do PSD e que nem precisaram de constar do programa eleitoral. (vai-se lá saber porquê)
    A primeira foi a redução drástica do atendimento ao publico de cinco para dois dias semanais.
    Agora mais esta da criação da taxas que não existiam há vinte anos.
    Realmente a mudança está a produzir os seus resultados!!!!!!!
    Julgo que os Vilarmourenses esperariam e gostariam de algo bem diferente. carlos alves

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  2. São os ares da MUDANÇA... a população de Vilar de Mouros tem agora uma gestão eficaz, que lhes cobra taxas muito acima da média, que tem medidas de poupança de energia como a da redução drástica da abertura das portas da junta de freguesia, o corte do posto público da internet, o fim do serviço diário de apoio aos idosos assim como o transporte semanal dos mesmos à vila. Também a praça pública tem agora muito mais de que falar, como por exemplo do corte de plátanos no largo do casal sem autorização da Marinha e sem qualquer explicação plausível, das trocas de campas do cemitério,... e ainda só passaram 6 meses.
    Ah! mas o mais importante é que sem a tal MUDANÇA, não teria aparecido este blogue, da autoria de um dos homens que mais deu de si a esta terra e a quem, numa próxima MUDANÇA, as gentes de Vilar de Mouros, certamente, prestarão o seu devido reconhecimento, pela sua humildade, honestidade, inteligencia e dedicação. Esta é, para já, uma forma do meu reconhecimento pessoal: Obrigado Basílio.

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  3. Fico muito supreendido, não pelo anterior executivo nada cobrar, mas sim pela aplicação de taxas de montantes elevados, sobretudo na autenticação de fotocópias de documentos, que a meu ver, é exagerado, ilegal e imoral. O executivo sendo da "cor" da camara, não precisa de "espoliar" os vilarmourenses. Aliás, com os eventos já realizados e com os que se preveem a realizar, (festivais e mais festivais) a junta já recebeu muito e continuará a receber, mas infelizmente, está sempre na mesma. Sem desenvolvimento. Que pena!

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  4. Agradeço todos os comentários. Um blogue que não seja interactivo pode ter o seu interesse também, mas não tem a mesma vida. Como agradeço os elogios, ainda que os considere exagerados. De qualquer forma não posso, por dever à verdade, deixar de rectificar algumas afirmações que não são exectas:
    1 - Continua a haver atendimento diário aos idosos. A única diferença assinalável neste aspecto é que enquanto anteriormente tinham acompanhamento a tempo inteiro, durante cerca de três horas, de uma pessoa responsável, agora só o têm durante uma hora, julgo que para preparar e servir o lanche;
    2 - Continua a haver serviço de transporte de idosos semanal a Caminha. O que terminou foi o passeio mensal, nas últimas sextas-feiras de cada mês.

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  5. Decidi voltar aqui ao trabalho do meu amigo Basílio sobre a ultima reunião da Assembleia de Freguesia, porque pretendo deixar mais um pequeno contributo, sobretudo a propósito de uma frase final do comentário que o amigo Rouxinol deixou e que é a seguinte: … mas infelizmente está sempre na mesma sem desenvolvimento, Que pena!
    Como vilarmourense e porque me considero algo atento interveniente e muito amigo da minha terra, e pese embora a circunstância de não conhecer o exacto sentido dessa frase, e não pretender entrar em polémicas estéreis mas tão só valorizar a terra onde nasci, e vivo com muito gosto e satisfação, não podia deixar de reagir, e muito resumidamente apontar alguns factores que considero importantes de desenvolvimento, progresso, e bem estar que influenciaram a vida da Freguesia e da sua população nas ultimas décadas.
    EQUIPAMENTOS SOCIAIS: Foi dotada com sede de junta de freguesia, (uma das mais bonitas do concelho) Casa mortuária, Obras importantes no cemitério mais antigo, e uma nova ampliação com excelente qualidade e dignidade.
    REDE VIÁRIA: Considero ter-se registado uma gigantesca evolução com a abertura de inúmeros acessos novos, de ligações diversas, alargamentos pavimentações, dai resultando que não só nesta Freguesia hoje em dia se circula por todo o lado com relativa facilidade com foram eliminadas diversas situações de falta de acesso a muitas habitações onde nem sequer chegava uma ambulância.
    AMBIENTE: Por toda a Freguesia surgiram arranjos de largos e logradouros bem como a criação de novos alargamentos e embelezamento na zona da Igreja e Cemitério, e uma gigantesca obra de arborização por toda a Freguesia tornando-a mais verde, mais ambiental, mais aprazível, mais bonita, melhor para se viver, e mais apetecida para que nos procura.
    INTERVENÇÃO SOCIAL: Foram criados nos últimos anos serviços sociais como transportes de crianças, transporte e passeio de idosos, centro de convívio de idosos e posto de internet ente outros que marcaram positivamente a vida de muitos vilarmourenses sendo que muitos desses serviços são únicos, e originais em freguesias do concelho.
    HABITAÇÃO: Foram criadas condições para a construção de inúmeras habitações para famílias humildes, criados dois sistemas de esgotos provisórios no lugar da ranha e aveleira e a autarquia local construiu ela própria três habitações sociais destinadas a agregados familiares muito pobres. (competências estas que pertencem aos municípios mas que o de Caminha sempre se alheou)
    PATRIMÓNIO: Nas ultimas décadas o património privado da Freguesia foi enriquecido em mais de meio milhão de euros com a aquisição de vários prédios destinados á construção de largos estradas e outros fins, Casa do Barrocas no centro da Freguesia, e largo Dr. António Barge este ultimo património de grande relevância na medida em que se trata de uma área que ronda os cinquenta mil metros quadrados, tendo sido ganha uma extensão de margem do Rio Coura com cerca de seiscentos metros de importância transcendente para vários fins, e que não só valorizou como deu um contributo importante para a transformação positiva da Freguesia.
    Por ultimo e porque inevitavelmente já me alonguei, não quero deixar de referir que esta terra não só não se estragou com Betão armado ou outros desenvolvimentos nefastos, como se preservou como aldeia rústica de referencia e se tornou mais bonita e acolhedora, e não é por acaso que o seu nome continua a atravessar fronteiras
    Tenho dito, um abraço fraterno. carlos alves

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  6. Ninguém espera que um executivo, seja de junta ou de outro órgão qualquer, fique impávido e sereno, de mãos nas algibeiras, reconheço e valorizo algumas obras executadas, quer no âmbito social, patrimonial ou ambiental, contudo, muito mais à a fazer. Vilar de Mouros é um nome que atravessa fronteiras e não é só pelo mediático festival. O velho clube, foi durante muitos anos uma referência cultural da freguesia, hoje, é um monte de ruínas, exibido como cartão-de-visita, logo à entrada da nossa aldeia. Outro atractivo de Vilar de Mouros, porventura o nosso ex-líbris, são as azenhas, cujos acessos foram bastante melhorados, mas as zonas envolventes, continuam como sempre, assim como o casal e as margens do nosso rio, designadamente entre as azenhas e a veiga. Bem sei que estas situações são de difícil tratamento, pois envolvem varias entidades, mas acho que o primeiro passo a dar é da junta, pressionando essas entidades, com vista à sua requalificação ou eliminação, no caso do clube. O Adro da capela de Stº Amaro foi requalificado, o Largo Dr. Barge adquirido e requalificado, foram feitos novos acessos às azenhas, mas desconhecia que tivesse mãos da junta, sempre pensei que fosse obra dos acordos com a empresa promotora dos festivais. Nasci e fui baptizado em Vilar de Mouros e desde pequeno me lembro, que a freguesia era e é, rica em arvoredo, monte e sobretudo em ar puro. Perdoe-me o amigo Carlos, mas é o meu sentimento, sem querer entrar em querelas envio um abraço a todos os vilarmourenses, bem hajam.

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  7. Caro Rouxinol
    Uma vez mais obrigado pela visita frequente que faz ao meu blogue e pela participação activa que vem tendo, com ideias e opiniões próprias. Assim é que deve ser. Cada um pensar pela sua cabeça, respeitando sempre a opinião dos outros, por muito divergente que seja da nossa. Voz única já fomos obrigados a ter durante cerca de 50 anos e acho que ninguém (?) quer regressar a esses tempos. Também concordo com a maior parte do que afirma, mas acho importante reajustar alguns aspectos:
    - o edifício do velho clube está, de facto, um monte de ruínas, mas hoje é um prédio particular, que foi vendido quando o meu amigo e saudoso Armando Ranhada era presidente da associação e da junta. Se calhar foi um erro não ter sido a própria junta a comprá-lo, mas as dificuldades financeiras também eram muitas.
    - as azenhas são, igualmente, propriedade privada e a junta, nem esta nem a anterior, nada pode fazer a não ser que as compre. E dinheiro?
    A junta anterior fez quase o “impossível” ao conseguir tantas melhorias, como o próprio Rouxinol reconhece, com pouquíssimas ajudas camarárias, quase nenhumas nos últimos anos. Claro que nunca teria feito o que fez (ninguém faz milagres) se não tivesse beneficiado das verbas provenientes dos dois protocolos acordados com as empresas que realizaram os festivais de música. Mas também se pode perguntar: então a junta não teve qualquer mérito em conseguir protocolos bem vantajosos para a freguesia? Seria por “acaso” que esta câmara nunca aceitou o protocolo que foi renovado em 2004 quando, no essencial, era idêntico ao anterior, que levou à realização dos festivais de 1999 a 2004 e no qual a câmara, na altura liderada por Valdemar Patrício, não quis entrar? Ou seria porque percebeu logo que, com as verbas que recebia do Festival, era muito difícil “deitar abaixo” o executivo CDU como era sua vontade?
    De facto não custa nada a qualquer junta pedir à câmara que faça isto ou aquilo…o problema está na resposta que recebe. Nós fartámo-nos de pedir e, nos últimos cinco anos, o resultado foi ZERO!
    Por favor, vamos ser intelectualmente sérios na análise das questões e não nos deixemos enganar por uma propaganda camarária (há quem lhe chame “informação”…) que distorce a realidade e que custa aos contribuintes caminhenses muitos milhares de contos por ano.
    Espero, tal como o meu amigo e conterrâneo Rouxinol, que a actual junta saiba tirar partido do facto de, pela primeira vez ao fim de 36 anos de democracia, haver coincidência de cores entre a freguesia e o município. Mas também espero que para conseguir isso não venha a ter de vergar-se a todas as vontades da câmara, sobretudo se lesivas para o bem-estar e dignidade dos vilarmourenses.
    A finalizar gostaria de lhe pedir que reformulasse uma pequena parte do texto de uma outra mensagem que me enviou e onde são feitas afirmações que podem ser consideradas ofensivas para algumas pessoas…sem necessidade.
    Se quiser contactar comigo pessoalmente terei muito gosto que o faça para:
    basiliobarrocas arroba gmail ponto com Forte abraço

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