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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

TEATRO VOLTOU AO CIRV

Sim, voltou a haver teatro amador no Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense, no dia 10 de Janeiro, um domingo à tarde, representado exclusivamente por atores e atrizes locais. 
A antiga tradição, mantida durante décadas e ainda hoje recordada por muitos, apontava sempre o dia de Natal, 25 de Dezembro à noite, como dia de estreia, ficando a tarde de Ano Novo, um de Janeiro, para uma segunda apresentação, destinada sobretudo às pessoas mais idosas, menos predispostas a sair do aconchego do lar nas noites inóspitas de inverno.

Mas os tempos e a sociedade mudaram. Os jovens têm hoje, e ainda bem, imensa facilidade de transporte, dantes inexistente, e variadíssimas ofertas de espaços de convívio e divertimento, sobretudo nas noites de fins de semana e dias feriados ou festivos. Por outro lado, muitas pessoas com familiares espalhados por várias outras localidades optam hoje também por ir passar o período de Natal e Ano Novo fora da freguesia. Assim, manter essa tradição inalterável, por muito bonita que seja, seria correr sérios riscos de termos uma casa quase vazia ou, pior ainda, nem sequer conseguirmos arranjar o número mínimo de pessoas disponível para constituir um elenco necessário à realização do espetáculo.

Ainda entravam pessoas
Assim sendo, esta direção, que assumiu o regresso do teatro como uma das suas grandes prioridades optou, após a escolha da peça e em consonância com todo o grupo de trabalho, por marcar a sua estreia para o fim de semana de 26/27 de Dezembro, logo a seguir ao Natal. Infelizmente e devido a imponderáveis que não foi possível contornar, fomos obrigados, por duas vezes, a protelar essa estreia, que acabou por recair no dia 10 de Janeiro.

Foi um momento bonito, voltar a ver aquele enorme salão quase repleto de público. Simplesmente fantástico, sobretudo se atentarmos que foi um dia de forte invernia, com chuva e vento intensos e mais uma enchente do rio Coura a cortar o trânsito no Largo do Casal, dividindo a freguesia ao meio.

Não foi fácil. Haveria muitas coisas a melhorar, desde a atuação técnica e artística em palco, ultra- passável com mais uns ensaios, ao velho problema da acústica horrível daque- le salão, esse sim, um problema complicado, mas acho que valeu a pena. O grupo de trabalho, sobretudo os intérpretes, cenógrafo, encenadores, contrarregras, pontos, técnico de luz e som, mas também quantos colaboraram na materialização dos cenários (carpintaria, colagens e pintura) e noutras tarefas complementares, estão de parabéns, não só por aquilo que fizeram mas, talvez ainda mais, pela capacidade de sacrifício e espírito de coesão e companheirismo que demonstraram no ultrapassar de dificuldades múltiplas e inesperadas que foram surgindo ao longo do percurso.

Não gostando de destacar nomes, até porque sempre valorizei muito mais o coletivo que o individual, não posso, neste caso, deixar de referir a impor- tância que teve, uma vez mais, o papel do amigo de longa data desta associação, o Fernando Borlido. Responsável pela cenografia e corresponsável pela encenação, a sua experiência, conhecimentos e entusiasmo contagiante foram determinantes, mesmo tendo em linha de conta o não ter podido estar, por razões pessoais diversas, em vá-
rias sessões de ensaio. E aqui foi igualmente deci- sivo o papel do coen- cenador “da casa”, o José Maria Barros, cuja inter- venção tenho igualmente de destacar, pelo empenho e determinação, mas tam- bém pela humildade com que soube assumir a orientação do grupo sempre que necessário. E…já agora, pelo valor acrescentado que trouxe para esta iniciativa do CIRV, com “apenas” três filhos a representar. Ah…grande família Barros!

A concluir, resta-me agra- decer a todos quantos colaboraram e apoiaram, das mais diversas manei- ras, para que este espe- táculo tivesse sido possí- vel, desde entidades como a Câmara Municipal de Caminha e a Fundação Inatel a empresas privadas locais e pessoas singulares. Obrigado, em nome do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense.   

















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